5.3.11

Com o Blog PURGA Atrás da Orelha: Choque térmico causa danos ao organismo e pode até ser fatal


Mudanças bruscas de temperatura, como sair da sauna e tomar uma ducha fria, exigem um esforço de adaptação muito grande do organismo. Por isso podem ser extremamente perigosas para quem já tem alguma doença crônica ou sofre de problemas circulatórios. Nesses casos, podem levar a arritmias cardíacas, alterações metabólicas e pulmonares e até mesmo provocar uma parada cardíaca. Em quem tem insuficiência cardíaca, por exemplo, o popular choque térmico pode colaborar para um edema pulmonar, como o que causou a morte do deputado federal João Herrmann Neto (PDT) no domingo, no interior paulista, embora ainda não se saiba se o deputado era doente cardíaco. O edema, ou inchaço, no pulmão nada mais é do que o encharcamento do órgão pelo sangue que não foi corretamente bombeado pelo coração. Mas mesmo pessoas saudáveis não estão livres de sofrer danos se ficarem expostas a uma grande variação de temperatura tanto para o frio como para o calor. Se for de um extremo ao outro, pior ainda. A adaptação vai depender das condições do organismo e dos hábitos de vida da pessoa. Sob calor em excesso, os vasos se dilatam e a pressão cai. Já com o frio, acontece o contrário: há uma vasoconstrição, que dispara a pressão arterial. Em ambos os casos, o coração acaba sobrecarregado. "Se a pessoa quiser fazer sauna, deve permanecer pouco tempo no calor e passar por uma transição gradual de temperatura", ensina o clínico-geral Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ou seja, evitar tomar uma ducha gelada logo em seguida. Idosos e pessoas que têm algum problema de saúde só devem fazer sauna com o aval do médico. Para as gestantes e crianças, ela é contraindicada. Na praia ou na piscina, a recomendação é de manter-se sempre bem hidratado, tomando muito líquido, e não dar um mergulho na água gelada se estiver com a pele muito quente. O ideal é refrescar-se aos poucos, molhando o corpo por partes. "Não leve o organismo aos limites pois isso gera um estresse", recomenda o cardiologista Sérgio Timerman, do InCor (Instituto do Coração).

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